No dia 19 de agosto, a ANEC, juntamente com Arquidiocese de São Paulo, organizou um encontro das Escolas Católicas na Faculdade Santa Marcelina Perdizes-SP, com Cardeal José Tolentino de Mendonça, Prefeito do Dicastério para a Cultura e Educação da Santa Sé. E nossa Rede marcou presença com alguns representantes dos colégios e escolas sociais, juntamente com a Ir. Maria, representante legal da Congregação no Brasil. Ele iniciou agradecendo pelo papel fundamental que desempenhamos em nome da Igreja, que nossa capacidade educativa tem sido precursora de momentos de experiência e inovação. E com coragem e empenho nos colocamos no jogo diante das transformações rápidas e contínuas, muitas das vezes nada fáceis.
O cardeal mapeou seu encontro partindo de 3 pontos: a pedagogia e diálogo, método e investigação e ação pastoral. Assim, salientou que a educação católica cruza com a história da humanidade, e que acontece num tempo problemático marcado pela crise humana e existencial; e nós, na condição de educadores, precisamos arregaçar as mangas e ir avante, pois como espaço educativo e eclesial somos a “trincheira” das problemáticas e centro da escuta da realidade. Precisamos assumir uma nova responsabilidade eclesial e profissional, tendo um prisma não somente para as problemáticas internas da instituição, mas precisamos alargar o horizonte para formar novas gerações. Urge, então, a necessidade de recuperar os sentidos e os valores, precisamos trazer à tona a memória, o sentido da história e da valorização da pessoa e sua integralidade. Pois, a perda do sentido provoca superficialidade, juventude sem raízes e condicionadas no presente, privando-os da criticidade. Precisamos conduzindo-la a obter objetivos mais altos, como escolas católicas temos que encarar a educação como tarefa e missão.
Assim, no método educativo, não podemos pensar em formar só bons técnicos, precisamos formar pessoas maduras e salientou como: “eu e o nós, alma e espírito e tempo e eternidade”; com sentido e responsabilidade. Levando sempre em consideração a cultura do cuidado, acolhida e capacidade de escuta. Isso precisa acontecer de forma “coral”, cantar todos juntos como escolas católicas, uma precisa ajudar a outra. Fazendo da fraqueza força, unidade nos carismas. Ainda frisou: “quando se fecha uma escola, é como se fechasse uma Igreja”, se faz necessário somar, agregar e construir como uma única rede educativa, para juntos formar as gerações futuras.
Portanto, no campo da escola precisa ter uma ação pastoral, projeto de qualidade enraizado no Querigma, diálogo sem reservas, criar pontes, isso nos impulsiona a ter um projeto comum, pois a diversidade é uma riqueza de comunhão, precisamos nos lançar sem medo do futuro. Temos que acreditar no “bem que somos”, e saber que estamos realizando uma missão da Igreja e deixar que o Espírito da Trindade nos conduza.
E com sábias e belas palavras concluiu: “no final do dia árduo de trabalho, lembrar que o ser da escola não somos nós, e não depende de nós, que tenhamos a capacidade entregar na oração, o projeto católico escolar, ao dono desse projeto que é o Senhor”. Que essas palavras nos encorajem como rede educativa, sempre recordando que estamos realizando a missão da Igreja, sendo assim, o Senhor permanece conosco, e que nós encaremos isto como uma tarefa e missão.